Assumi o compromisso de escrever por estas bandas com alguma freqüência. Não cumpri.
Já me é difícil escrever sobre o que entendo! Imagine escrever nessas páginas turvas, cifradas e (já) muito bem utilizadas por Rodrigo e sua música: sinto-me um intruso; medroso de falar bobagens.
Justificando a ausência, estive ocupado fazendo muito do que gosto e não gosto. É uma chatice essa estória de ser humano e ter de prover (se) no Capitalismo.
De todo o modo, nesse tempo duas receitas femininas – e não falando mais em subsistência - roubaram-me a atenção e guardei-as para falar aqui: o Molho Inglês de Amy Winehouse e o sururu de Roberta Sá.
Amy é sem precedentes.
Seria mais uma jovem londrina anoréxica, drogada e doente, não fossem a belíssima voz, a genialidade musical, a (oni) presença de palco e conteúdo das letras.
A Inglesa é um molho de Aretha Franklin, Janis Joplin e Elis Presley-heavy-user.*
E (com ela) tudo parece mais simples: ela trepa com Mr. Jones (e não, faz amor); cria pouco caso em ser a outra; namorado-que-rouba-maconha é namorado-morto; e piranha que é puta, mede-se pelo salto alto.
Espero que estejamos (eu, você e ela) vivos em Janeiro: é a data prevista para a apresentação da mais recente Diva no Brasil.
* (A propósito, surgiu-me agora a sugestão promissora de uma versão winehousiana para Love me Tender).
Roberta Sá foi uma grata surpresa.
Confesso que achava chato o sururu de Maria Rita e Marisa Monte. Após o show (meu primeiro dela), fui obrigado a cambiar opinião: As músicas ganham muito com a interpretação bastante particular de Roberta. "Laranjeira", "Fogo e Gasolina" e "Mais alguém" são contagiosas.
A nordestina bonita de vinte e sete anos faz um baião-bailão-samba empolgante, gostoso, divertido. Tivesse eu pago (caro) pelo ingresso, valeria cada centavo.
Sobre Rodrigo, o dono da casa, gostaria que todos tivessem a mesma oportunidade que eu: ser testemunha ocular desse belíssimo projeto que é um cantor iniciante, casca de gente-grande (clichê horroroso), trabalhando na manufatura de seu primeiro disco.
Espero estar de volta em menor tempo.
Por
Diogo Simões
Já me é difícil escrever sobre o que entendo! Imagine escrever nessas páginas turvas, cifradas e (já) muito bem utilizadas por Rodrigo e sua música: sinto-me um intruso; medroso de falar bobagens.
Justificando a ausência, estive ocupado fazendo muito do que gosto e não gosto. É uma chatice essa estória de ser humano e ter de prover (se) no Capitalismo.
De todo o modo, nesse tempo duas receitas femininas – e não falando mais em subsistência - roubaram-me a atenção e guardei-as para falar aqui: o Molho Inglês de Amy Winehouse e o sururu de Roberta Sá.
Amy é sem precedentes.
Seria mais uma jovem londrina anoréxica, drogada e doente, não fossem a belíssima voz, a genialidade musical, a (oni) presença de palco e conteúdo das letras.
A Inglesa é um molho de Aretha Franklin, Janis Joplin e Elis Presley-heavy-user.*
E (com ela) tudo parece mais simples: ela trepa com Mr. Jones (e não, faz amor); cria pouco caso em ser a outra; namorado-que-rouba-maconha é namorado-morto; e piranha que é puta, mede-se pelo salto alto.
Espero que estejamos (eu, você e ela) vivos em Janeiro: é a data prevista para a apresentação da mais recente Diva no Brasil.
* (A propósito, surgiu-me agora a sugestão promissora de uma versão winehousiana para Love me Tender).
Roberta Sá foi uma grata surpresa.
Confesso que achava chato o sururu de Maria Rita e Marisa Monte. Após o show (meu primeiro dela), fui obrigado a cambiar opinião: As músicas ganham muito com a interpretação bastante particular de Roberta. "Laranjeira", "Fogo e Gasolina" e "Mais alguém" são contagiosas.
A nordestina bonita de vinte e sete anos faz um baião-bailão-samba empolgante, gostoso, divertido. Tivesse eu pago (caro) pelo ingresso, valeria cada centavo.
Sobre Rodrigo, o dono da casa, gostaria que todos tivessem a mesma oportunidade que eu: ser testemunha ocular desse belíssimo projeto que é um cantor iniciante, casca de gente-grande (clichê horroroso), trabalhando na manufatura de seu primeiro disco.
Espero estar de volta em menor tempo.
Por
Diogo Simões
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